A “sociedade de desempenho” enquanto radicalização da “sociedade pós-histórica”: uma defesa da ordem liberal enquanto ordem ética reguladora da ação social
DOI:
https://doi.org/10.2021/saberesinterdisciplinares.v13i26.334Palavras-chave:
Sociedade do cansaço. Liberalismo. Capitalismo. Ética. Fim da História.Resumo
Francis Fukuyama, em seu famoso ensaio The end of History and the last man, assume a posição de que a luta por reconhecimento através da defesa de uma causa puramente abstrata, ou ideológica, seria substituída pela busca incessante de soluções de cunho técnico para os problemas cotidianos e pelo anseio de que as exigências de consumidores cada vez mais requintados, cercados de maravilhas tecnológicas, sejam devidamente atendidas pelo mercado. Neste começo de século, Byung-Chul Han radicaliza essa visão ao asseverar que a sociedade capitalista ou neoliberal criou “sujeitos de desempenho” que se autoexploram em busca de reconhecimento; sendo essa exploração ainda mais eficiente por estar acompanhada do sentimento de liberdade. Em consonância com a posição popperiana de que as tradições de nossa época são suscetíveis de revisão crítica se comparadas aos mitos e tabus das antigas sociedades tribais, o presente artigo expõe a visão de Han acerca da “sociedade do cansaço” e, desdobrando os argumentos de Roque Spencer Maciel de Barros (1927-1999), em seu artigo Depois da “segunda laicização”, faz uma defesa da ordem liberal enquanto ordem ética reguladora das nossas ações dentro de um mundo laicizado.
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